Home
>
Alocação de Ativos
>
Como a Alocação Pode Reduzir Seus Impostos no Investimento

Como a Alocação Pode Reduzir Seus Impostos no Investimento

12/11/2025 - 23:49
Fabio Henrique
Como a Alocação Pode Reduzir Seus Impostos no Investimento

Em um cenário de mudanças profundas na legislação tributária, investidores precisam agir com rapidez e clareza. A partir de 2026, diversas alíquotas serão unificadas e isenções podem desaparecer. Neste artigo, apresentamos estratégias de alocação para você aproveitar o prazo crítico até 31 de dezembro de 2025 e proteger seus ganhos.

Com informações atualizadas e análise prática, convidamos você a repensar sua carteira e implementar táticas que mantenham seu patrimônio mais eficiente e menos onerado pelo imposto de renda.

O Cenário de Mudanças Tributárias

O governo federal publicou uma medida provisória que reformula a tributação de renda fixa, fundos, previdência, ações e ativos alternativos. Com vigência a partir de 1º de janeiro de 2026, o impacto alcança investidores de todos os perfis.

Até o fim de 2025, vigoram alíquotas decrescentes no Tesouro Direto e isenções em LCIs, LCAs e debêntures incentivadas. A partir de 2026, teremos alíquota unificada em 17,5% para vários ativos e o fim de benefícios atuais.

Este movimento busca simplificar a forma de cálculo, mas retira incentivos para aplicações de longo prazo e pode elevar a carga tributária do investidor menos atento às datas.

Estratégias para Títulos do Tesouro Direto

O Tesouro Direto vai perder a escadinha de alíquotas regressivas que premiava prazos mais longos. Quem adquirir títulos até 31 de dezembro de 2025 mantém a tributação atual até o resgate. Assim, alocar recursos em papéis com vencimento acima de 720 dias pode render hoje 15% de IR em vez de 17,5% no futuro.

Para isso, considere:

  • Revisar aportes previstos para 2026 e antecipá-los em prazos longos;
  • Avaliar títulos prefixados e atrelados à inflação com vencimento superior a dois anos;
  • Calcular ganhos líquidos antecipadamente, considerando prazos e novas alíquotas.

Aproveitando LCIs e LCAs

LCIs e LCAs continuam isentas de IR para aplicações realizadas até o fim de 2025. Caso a proposta de tributação de 5% seja aprovada, novos investimentos a partir de 2026 terão essa alíquota. Portanto, bloqueie hoje sua posição em letras de crédito para setores imobiliário e agronegócio.

Esses títulos oferecem isenção integral de imposto até o vencimento se comprados até 31 de dezembro de 2025, criando uma janela única para travar ganhos com baixo risco tributário.

Revisão de CDBs e Debêntures Tradicionais

Atualmente, CDBs e debêntures usam tabela regressiva que pode reduzir o IR a 15% em prazos longos. A partir de janeiro de 2026, essa vantagem se perde, pois todas as aplicações terão alíquota fixa de 17,5%.

Investidores devem reavaliar a distribuição nesses produtos, balanceando entre prazos que ainda beneficiem do regime atual e diversificação em ativos isentos ou de alíquota menor.

Oportunidades em Previdência e VGBL

Para aportes em previdência, o limite de isenção de IOF era R$ 300 mil por seguradora até 2025. Em 2026, sobe para R$ 600 mil por CPF, mas continuará havendo 5% de IOF sobre o que exceder esse patamar.

Assim, quem planeja ampliar reservas previdenciárias pode antecipar contribuições para o VGBL dentro do limite atual. Para fortunas maiores, fundos exclusivos, PGBL ou doações programadas são alternativas de planejamento sucessório.

Fundos e Mercado de Ações

Multimercados e fundos de renda fixa também perderão progressividade: terão 17,5% de IR e manterão o come-cotas. A mesma alíquota se aplica a operações de ações, unificando trade e posição de longo prazo.

Isso torna essencial revisar alocações em fundos, simulando cenários com taxas fixas e considerando o impacto do come-cotas sem escalonamento.

Investimentos Alternativos e Internacionais

Nos fundos imobiliários, Fiagros e fundos de infraestrutura, a isenção de dividendos acaba: passam a sofrer 5% de IR sobre rendimentos e 17,5% sobre ganho de capital. Debêntures incentivadas e CRAs podem perder isenção e adotar 5% de IR.

No exterior, desde 2025, tudo é tributado a 15%, o que simplificou o processo mas elimina vantagens anteriores em alguns mercados.

Resumo das Alterações

Implementando uma Alocação Eficiente

Com tantas mudanças, a alocação deixa de ser apenas distribuição de recursos e passa a ser ferramenta de economia tributária. Siga estas diretrizes:

  • Mapeie todos os prazos de vencimento e datas de aporte;
  • Priorize compras até 31 de dezembro de 2025 em produtos com isenção ou alíquotas menores;
  • Reavalie periodicamente a carteira para ajustar alocações conforme nova realidade;
  • Use simulações de cenários para estimar impostos em diferentes datas de resgate.

Essa abordagem permite não apenas reduzir custos, mas também orientar decisões de aporte e retirada de maneira mais estratégica e planejada.

Conclusão e Próximos Passos

O prazo crítico de 31 de dezembro de 2025 exige ação imediata. Com a unificação de alíquotas e a perda de isenções, somente aqueles que anteciparem investimentos em produtos certos conseguirão travar condições mais favoráveis.

Reúna extratos, consulte seu assessor ou planejador e implemente agora sua estratégia de alocação inteligente. Assim, você garante que seu portfólio esteja preparado para o novo cenário e usufrua de vantagens fiscais antes da mudança.

Comece hoje mesmo e transforme incertezas tributárias em oportunidades para proteger e potencializar seu patrimônio.

Fabio Henrique

Sobre o Autor: Fabio Henrique

Fabio Henrique